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"eu persigo a labareda ausente
que envolve os dias sem rascunho"
Julio Carvalho
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Waly Salomão Vive Gregório de Mattos.
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o mar a pele e o corpo em mágoa
um animal marinho cujas faces
são um jardim de rosas, protegido
pelos fios no seu queixo
até o granizo de seus dentes
quando bebeu do cálice, parecia
um sol bebendo as nuvens
e nesse intervalo marinho
onde foi que a pele esteve?
sob o sol amargurada
dentre tantas outras peles
exatamente aquela
- apagada?
como pode o acontecido
aquele animal sumido
e de pele branca esquecida?
quando no sol vermelha
quando no mar molhada
na maré de longe e vindo
um sal e solto e surfa e sofre entre tanta palavra
e mágoa
a pele vermelha por fora
e a pele branca
intacta
sendo reescrita
por dentro
um carinho é muito
quando o resto é um nada
dentro d'água
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quinquagésimo quinto mínimo
Há 13 anos
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