"porque que
toda poesia
parece sempre
que falta alguma coisa?"
Sandra Dias (For)
.
Leonidas at Thermopylae |
o corpo de todo amante
atualiza a paisagem
sobre a cama
montanhas de sexo
e o prazer dos rios
dos suores
mútuos
o cheiro das matas
dos pelos
e as encostas
das coxas
se apertando
até
o máximo êxtase
e então
o pôr do sexo
acontece
pela manhã
entre os lençóis
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no apocalipse
um vento
lembrará
a poesia
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a realidade
é um sentimento
de pedras pesadas
o sonho
são as plumas
tão leves
que a loucura
eleva
sobre seu caos
e revela
esperança
na obrigação
de ressuscitar
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o medo é uma coisa em branco
o intervalo entre o ser e o não ser
um hiato
a coragem
é um bumerangue
contorna os espaços do medo
e volta
sempre
que o medo
não faz mais
nada
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quem quando queira
o sol me deixa
por uma fresta
amarela
no fim da tarde
um raio que atravessa espaços em branco
onde as palavras tomam
conta
em tom avermelhado de anoitecer
até que durante o escuro
toda noite
crescem entre as estrelas
como uma super nova
entre galáxias
e
de manhã
o raio
vira
poema
atravessando praças
edifícios
e pessoas
plásticas
e na memória
bate devagar
um
pulso
como se
ainda
fosse
real
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