segunda-feira, 16 de março de 2015

das estéticas...

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"A arte é de quem a possui, depois de criada. 
O observador, espectador, ouvinte, em contato com a experiência estética, 
usa de seus próprios olhares sobre o mundo para preencher com suas referências 
o movimento interno que lhe é proposto. 
Por isso a arte não tem o direito de ser maniqueísta.
Existem pessoas que se ofendem com novela, como é meu caso, 
por banalizar completamente o sentido de ética, qualidade, inteligência, 
tudo pra encaixar agressões dopantes e inofensivas a moral 
para pregar o cidadão na tela enquanto não chega o comercial, 
que é o objetivo da tv. 
Existem mulheres que gostam das letras de funk e não importa o que se diz delas, 
num grande convite a violência e incitação ao estupro.
Há muito que arte não é polêmica. 
Porque na verdade a arte é desprezada nesses tempos de isolamento tecnológico 
e corrida da grana. É desprezada, porque desaprendemos a ouvir os outros, 
a ter interesse pelas coisas que não somos nós mesmos.
Então, o que pode ofender uma pessoa? 
Nada, senão ela mesma. Quando nos deparamos com qualquer experiência estética,
o que está em jogo é como interpretamos as coisas. Esse é o nó. 
Uma experiencia estética (teatro, pintura, cinema, etc.) 
nos obriga a um confronto íntimo e isso não é desejado 
pelos que tem todas as verdades. 
Esses não enxergam a própria verdade: sua humanidade titubeante.
Se excluirmos o Marques de Sade da filosofia, 
estaremos dando vazão a toda forma de violência, 
pois ela precisa ser confrontada constantemente. 
Uma sociedade que mascara a violência em seu discurso 
estará criando assassinos."

Marcelo Marcus Fonseca
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areyouacop-orwhat.tumblr.com



































meu nome é Julio Carvalho
quando comparado a outras crianças 
tive muitas dificuldades
então por isso aconteceram coisas
e é claro que aconteceram coisas 
bem difíceis de lidar
mas essas coisas acontecem
não raro 
com qualquer um
mas o maior desafio da minha vida
a verdadeira dificuldade
sou eu mesmo
sempre fui eu
mas não me culpo
até me perdoo
por muitas vezes não entender
essas dificuldades
desde que me lembro nunca tive medo
medo de falhar
de desiludir os outros
de magoar os outros
de me magoar
e achava que 
se me mantivesse intransponível
e me focasse em outras coisas
em outras pessoas
se não sentisse isso
nenhum mal me aconteceria
mas estraguei tudo
não só calei a dor
como calei todo o resto
o bom e o mau
o bonito e o feio
até não restar nada
é bom viver no presente
mas o melhor do presente
é que há outro amanhã
e eu vou fazer com que todos os amanhãs aconteçam
mesmo que 
ainda 
exista 
algum
medo

adaptado de "The Spectacular Now"
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la misteriosa relación
entre un hombre
y su fuego
aunque 
poco hablamos
al principio 
sobre nuestros nombres
largas conversaciones
qué importa?
qué importan
nuestros nombres?

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