quarta-feira, 4 de fevereiro de 2015

dos festivais...

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"sí
de los que sabían sufrir
de los que escribían
poesía"
                  Juan Romero Vinueza
































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Escola de Astros e o Rei Momovimento
                                                                         Julio Carvalho & Gri Lo
a face oculta da lua
usa máscaras?
carnaval também nos céus?
fantasias astronômicas
a fauna cósmica se alvoroça!
festa no céu da boca da noite
horizonte de eventos
deslocado de negro buraco
cometas rumo ao estrelato
todo brilho capturado
um carnaval
iluminado no breu
até a hora que
o dia
amanheceu
então
fóton
fóton
luz sem direção
iluminando toda a festa
imperdível atração
e o sol
inusitado
de coroa
na cabeça
explodiu
de manhã
cedo
uma
enorme
labareda
era o samba
canção
sob nova
direção
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interiores

meus pés
pisando
paralelepípedos
por pura
lembrança
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fuso
horário
relógio
confuso
tempo
refúgio
e nunca entendo esses relógios
redondos com suas horas exatas
se o tempo
é relativo?
forma e função
não combinam
os relógios
eram
para ser
objetos
surrealistas
a vida
tem o tempo difuso
das horas
passadas
observem os ponteiros:
pouco se encontram
e vivem
em direções
contrárias
existe
muita
gente
relógio
assim
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quem se envolve
errado
não desenvolve
certo
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aprendendo toda
a ciência da decepção
e que a vida
nos convidará
para outros fracassos
o aprendizado
da ferida verde sangue
uma fragilidade
exposta
como um dia
atrás do outro
como não
o amor
em si
como sim
o amor em só
a vida segue
sem pena
nem

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queria dizer meias palavras
mas me vieram meias pedras
prontas para serem atiradas
com a mão errada
que atire a primeira pedra
se o que quebra
é a marreta
um bate estaca
vindo de qualquer
raiva
embutindo pedras
de violência
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o homem
indivíduo
a espécie
a pessoa
a célula
o mínimo
o outro
movimento
reconhecido
pelo
enorme silêncio
ensurdecedor
do repouso
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tem muito rei
que já perdeu
a realidade
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zona de desconforto
a falta d'água
a falta do olho
a falta de vergonha
na cara
do
outro
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a vida pode continuar sem mim?
dúvida...
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a fé move montanhas
e remove
ferraduras
cavalos
e coices
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moral de hoje: o que se quebra ou acaba não é pra repetir
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