quarta-feira, 17 de setembro de 2014

dos noturnos...

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"Quando somos muito fortes -, 
quem recua? muito alegres -,
quem cai de ridículo?
Quando somos muito maus,
que fariam de nós?
Enfeitai-vos, dançai, ride.
- Não poderei jamais atirar o Amor pela janela."


Rimbaud
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um poema branco cor de alma seminua agoniza neste instante num lugar remoto da memória derradeira do seu dono perdeu-se na lembrança de sua vida e com ele morre o mundo da palavra esquecida sua míngua cantos ritos e espíritos de um éden extinto e nunca saberemos seu nome nem começo meio ou fim mas em um momento disperso seus versos serão descobertos e sua leitura classificada como legítima espécime de uma poesia que talvez acabasse existindo como verbete de enciclopédia.

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