quinta-feira, 4 de setembro de 2014

das re-visões...

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"sin embargo
ahora mismo
o alguna vez
no sé
quién sabe
puede ser
a través de las dobles espesuras
que cierran la salida
o acaso suspendida
por un error de siglos en la red del instante
creí verte poesía surgir como una isla
quizás como una barca entre las nubes
o un castillo en el que alguien canta
o una gruta que avanza tormentosa
con todos los sobrenaturales fuegos encendidos."
Adptado de Olga Orozco
.



























não tenho o corpo fechado
só um pouco dos olhos
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desconheço
o caminho sem chão
desconexo
o caminho são
desconecto
o caminho em vão
desconcerto
descoberto
o caminho com razão
atravesso
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os diamantes são os olhares raros
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poema-vulcão
palavra
lava
vindo
sobre
mim
lentamente
desdobrante
resfria 
a crosta
toma a forma
definitiva
se finge de morto
o poema
esse vulcão
adormecido
mente
dentro
de
mim
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atropelo as pessoas
corro o risco de cair
e de me enganar mais do que nunca
mas o foco continua
é como se eu olhasse
eternamente
pelo mesmo
buraco imóvel
de diferentes
paredes
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meus olhos ficaram quietos
se liquefizeram
e o meu estado agora
é de um olhar
gasoso
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feito mania
persigo apenas o que vivo
e geralmente perco a surpresa
talvez assim para não acompanhar
as transformações
que não controlo
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culpa
não sei se subversivo
ou subverso
talvez submerso
nas dúvidas
flutuando
nessa multidão
entre fronteiras
e tonteiras
e no caso o caos
me acolhe
e encontro identidade
nessa
bendita subversão
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a dor só acontece na escuridão

meus dentes voltaram a doer
são dois ao todo
(perdi tantos
outros)
dor para lembrar 
da minha vontade
do mundo que existe
agora sem tezão
o corte químico
de um coito
interrompido
dizem que é falta
de paciência
tarefa que nunca cumpri
agora aprendi
a obediência
por sobrevivência
mas não concordo
com a falta
de opção
não fui criado
para ser regrado
sou feito de 
sombras de fibras dos olhos
quase vento
não entendo
quando
me enrosco
e porquê
doem os dentes
talvez seja a falta
- a dor é a vontade 
da falta 
que faz o gozo
urgente
.

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