.
"A poesia escrita é capaz de transportar o leitor
para uma dimensão do ser inteiramente diferente da dimensão cotidiana
– pragmática, utilitária, instrumental – em que todo o mundo passa a maior parte da vida.
Trata-se da dimensão poética do ser.
Para que a poesia escrita seja capaz disso, entretanto,
cada poema deve ser lido comme il faut.
Não se lê um poema como se lê um artigo de jornal, um e-mail, uma postagem do Facebook.
Para fruir-se plenamente um poema, deve-se mergulhar nele, e isso exige tempo.
Ora, como tal dispêndio gratuito de tempo entra em choque
com as exigências da dimensão instrumental da vida contemporânea,
muitos afirmam que a poesia tornou-se obsoleta em nosso mundo.
Penso que, ao contrário, o valor da poesia é ainda hoje imenso exatamente porque,
ao provisoriamente preterir a dimensão instrumental
em proveito da dimensão poética do ser, ela enriquece imensamente a vida humana."
Antônio Cícero
para uma dimensão do ser inteiramente diferente da dimensão cotidiana
– pragmática, utilitária, instrumental – em que todo o mundo passa a maior parte da vida.
Trata-se da dimensão poética do ser.
Para que a poesia escrita seja capaz disso, entretanto,
cada poema deve ser lido comme il faut.
Não se lê um poema como se lê um artigo de jornal, um e-mail, uma postagem do Facebook.
Para fruir-se plenamente um poema, deve-se mergulhar nele, e isso exige tempo.
Ora, como tal dispêndio gratuito de tempo entra em choque
com as exigências da dimensão instrumental da vida contemporânea,
muitos afirmam que a poesia tornou-se obsoleta em nosso mundo.
Penso que, ao contrário, o valor da poesia é ainda hoje imenso exatamente porque,
ao provisoriamente preterir a dimensão instrumental
em proveito da dimensão poética do ser, ela enriquece imensamente a vida humana."
Antônio Cícero
.
eu vou pegar aquele trem
não tente me impedir, #drama
faz tempo que você me tem
agora eu quero ir
eu quero expor meu norte ao vento leste oeste
sul, sem você #drama
sua bênção pra mim
você já teve o seu refém
você já teve a mim, #drama
vou me perder, vou ser ninguém
muito além do jardim
por quanto ainda isso a gente da sua laia
invulnerável
você vai me querer?
sua bênção pra mim
até mais ver, adeus amém
agora eu vou partir, #drama
sem medo, sem lamento, sem porém
não tente me impedir
eu quero, eu posso, eu quis, eu fiz,
algo, alguém, seja
feliz outra vez
sua bênção pra mim
sem #drama
Versão de mamma de Gilberto Gil
por Julio Carvalho
.............................................................................................
Outro Azul
ouve, só se ouve ouvir
o mar só se ouve quem
de longe lá de onde vem a praia
o mar daqui se ouve bem
de dentro ecoa a água
que deságua no azul vazio
serpente, serpenteia o rio
a maré é que mareia o mar
percorre corre em minha veia
a correnteza o coração bombeia
o mar onde quem navega e lava
o pensamento leva
o corpo todo como um barco
um rio que não tem beira
um remo que não tem eira
por um fio abismo cachoeira
onde deságua se não tem lugar
e não tem margem só o olho d'água
brota espelho molha o azul do céu
ouve, só se ouve ouvir
o mar só se ouve quem
de longe lá de onde vem a praia
o mar daqui se ouve bem
de dentro ecoa a água
que deságua no azul vazio
serpente, serpenteia o rio
a maré é que mareia o mar
percorre corre em minha veia
a correnteza o coração bombeia
o mar navega e lava
o pensamento leva
o corpo todo como um barco
um rio que não tem beira
um remo que não tem eira
por um fio abismo cachoeira
onde deságua se não tem lugar
e não tem margem só o olho d'água
brota espelho molha o azul do céu
o olho d'água
brota espelho molha o azul do céu
até que o barco pare de remar
Adaptado de Azul Vazio - Arnaldo Antunes
sua bênção pra mim
sem #drama
Versão de mamma de Gilberto Gil
por Julio Carvalho
.............................................................................................
Outro Azul
ouve, só se ouve ouvir
o mar só se ouve quem
de longe lá de onde vem a praia
o mar daqui se ouve bem
de dentro ecoa a água
que deságua no azul vazio
serpente, serpenteia o rio
a maré é que mareia o mar
percorre corre em minha veia
a correnteza o coração bombeia
o mar onde quem navega e lava
o pensamento leva
o corpo todo como um barco
um rio que não tem beira
um remo que não tem eira
por um fio abismo cachoeira
onde deságua se não tem lugar
e não tem margem só o olho d'água
brota espelho molha o azul do céu
ouve, só se ouve ouvir
o mar só se ouve quem
de longe lá de onde vem a praia
o mar daqui se ouve bem
de dentro ecoa a água
que deságua no azul vazio
serpente, serpenteia o rio
a maré é que mareia o mar
percorre corre em minha veia
a correnteza o coração bombeia
o mar navega e lava
o pensamento leva
o corpo todo como um barco
um rio que não tem beira
um remo que não tem eira
por um fio abismo cachoeira
onde deságua se não tem lugar
e não tem margem só o olho d'água
brota espelho molha o azul do céu
o olho d'água
brota espelho molha o azul do céu
até que o barco pare de remar
Adaptado de Azul Vazio - Arnaldo Antunes
.
Nenhum comentário:
Postar um comentário