sexta-feira, 25 de março de 2016

dos absolutos...


















"(H)á-mar agitado
(H)á-mar calmo
(H)á-mar imenso
(H)á-mar intenso
(H)á-mar(é)
(H)á-mar(é) simples
(H)á-mar(é) complexo
Há mar
Amar
Amar é
A Maré."

aMarécomplexo - Vanessa Américo











a sexta feira e suas paixões

cheguei em casa. todo molhado. peguei a maior chuva. 
lavei a alma. a chuva é essa coisa sem nome água 
que cai do céu sem nenhuma previsão absoluta. 
todas as coisas são assim. caem sem previsão absoluta. 
a chuva não me mete medo porque seca depois no chão. 
as outras coisas inesperadas não.
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existe o silêncio 
das coisas 
que não falam
do eco das cavernas 
e das casas em construção 
existe o silêncio 
das manhãs 
de feriado
e das dores de mandíbulas 
caladas
existe um silêncio pior
o dos que nunca dizem
nada

existe o silêncio 
das coisas presas
entre os dentes
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proibido

o vermelho
é seu lugar
escondido
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porque eu leio
as coisas curtas
e as maiores 
me cansam os olhos
porque assim
me parecem 
certas vidas:
quanto
maiores 
mais 
cansadas
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dias estranhos 
esses feriados 
que se aproximam
das janelas
e as pessoas não 
fazem
nada
dizem os dias inúteis 
mas são mais
úteis 
para a alma
do que outros 
dias de parar
e pensar o luto
das horas mortas
dos dias
úteis
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noite na cidade
um foco
um farol
de milha
um carro
por dentro
a milhões 
de cavalos
por hora
chega
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produto
poesia



























quando porém
vier o que é perfeito
o que é imperfeito
desaparecerá

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