sábado, 26 de dezembro de 2015

das deficiências...

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"não tenho paciência 
para a necessidade 
de desconfiar."
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a arte
eu descubro
às cegas
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no breu
um imã 
sem
mim
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em certos
tempos
o tempo
de dentro
queima mais
rápido
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vou me soltar 
de 
vez
porque esse
pássaro 
passado
já incomoda
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torno pública a vergonha
a vergonha que sentem de mim
por ser quem sou
torno sádica
a vergonha
a vergonha que sentem de mim
por ter o que tenho
torno crítica
a vergonha que tenham de mim
por não poder ver até hoje
essa vergonha toda
familiar
enojada
tensa
estranha
debochada
porque maior vergonha tenho eu
de ter vindo de um lugar assim
porque eu nunca
tive vergonha 
de mim
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e o coração adoecendo
com uma gripe
do lado de fora:
as coisas do corpo
se
comunicam
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TXAI

(para Gabriel)

mais que amigo, mais que irmão, 
a metade de mim que existe em você 
é a metade de você que habita em mim. 
quatro letras e quando alguém te chama de TXAI, 
essa pessoa está pronta para dar a vida dela no lugar da sua, 
se for o caso.

penso 
em uma alma
dela talvez 
me venha o segredo
de como a devo tocar
bem de leve me achego
se ela se enrola
vou com ela
se ela se estende
deito 
me embalo
e sonho
se permanece tensa
não mais derivo como desejo
me aquieto
olho
tento ver
sentir
circulo o olhar
(meu olhar é difícil)
preso ao rumo
do compasso
do espírito 
abro os braços 
e aguardo 
de lá me chega o canto
do apelo feito
nesses aguardos
de lá onde combinaremos
para desdobrarmos
em cantos
um perfeito
preferido
um
canto
melhor
elaborado

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