sábado, 12 de abril de 2014

das intimidades...

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que pergunta é essa que eu carrego?






poetry without words

cai o silêncio sobre a língua
nesses dias de abandono
o caos
não se faz em um só dia
os deuses precisaram de sete
alguns só de um 
um dia de pensamentos em paz
precisava de ninhos nas árvores
precisava caminhar tranquilo 
pelas ruas de qualquer cidade
quero um tempo 
em que tudo será pleno 
em que homens de pedra 
sobre a chuva ácida
vão esperar
a vida
de leve
..................................................................................

jornal íntimo

nessas folhas impressas
que engulo
todos os dias
a tinta gasta 
eternamente 
retocada
um nanquim que
nunca termina
nessa escritura
então eu 
feito de tinta
à duras penas marcadas
de cor
armadas
de dor e algum poema
a minha palavra
é uma pele
sempre pede
feito sede
mais
.

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