sábado, 6 de junho de 2015

das aspas...

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gosto
de coisas que voltam
melhores do que
antes
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vivendo
um passo em falso 
debaixo
de algum céu
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"conte-me tudo
não esquente
nada" 
— com Sérgio Sanches
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só lido
se for
inflamável
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livrai-nos 
de artimanhas
e de víboras
que não vibram
e vivem
sob as pérolas 
atiradas
aos
porcos
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inverno:
o cheiro de mofo
disfarçado 
com
perfume
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escrever 
não 
é estar
possuído
é possuir
não só a palavra:
até o silêncio
vale
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meias verdades
com 
meias saídas
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coerência
ninguém notava
aquele rosto idêntico 
que eu fazia 
pra mim mesmo
enquanto 
nenhum espelho
se quebrava
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fim do dia
a tarde já madurou
e eu fico pensando 
o que será da noite:
a noite seria 
um cansaço do dia
quando a luz
escureceu?
a noite seria
o salto da luz 
até o próximo sol?
a noite seriam 
dois juntos 
e um só 
que se escondeu?
a noite seria
uma alegoria
uma colméia 
de estrelas?
e suas abelhas 
abandonadas
seres humanos
em busca de
mel?
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drink_me

no copo
o corpo está servido
só sangue e ossos
e algum pedaço 
de amor
desgarrado
enfeitando
solidão
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