sexta-feira, 5 de julho de 2013

das monstruosidades...

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"quem quiser ganhar o ar o quanto antes 
está livre para ser aquilo que nunca foi nas entrelinhas. 
aqui estão as novas máscaras feitas de nuvem."
João Pedro Wapler
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nos momentos de pressa 
as palavras fogem. 
os olhos se abertos 
vão virando água
se fechados
vão virando confusão

boletos 

da alma
a pagar
com as contas
do tempo
infinito

ser ou não ser

eis o que sonho

ritmo do poema:

a palavra dança
eu canto
tu espia
eles 
poesia

há uma lenda que

há muito tempo
atrás
um poema se manifestou
na rua
com cartazes e tudo
(e caiu no branco papel
do não-ser franco)

eu sou o império dos sentidos

dos reinos perdidos
dos absolutos
se tentarem me invadir
eu peço licença
e saio
da dança

(pausa)


i see monsters


eu tive um ciclo monstrual

tudo virava monstros
era susto pra toda vida
um dia acordei
com um monstro do lado
ele me disse que não me deixaria
e não me acabaria
então aprendi a viver com monstros
mesmo que eles não me deixem em paz
eu calo os monstros
mesmo os que vivem dentro de mim
(os de fora são mais fáceis: eles cantam)
eu vejo monstros internos
com soluções
eu vejo monstros externos
com demolições

"O que não mata infecta."

Dija Darkdija

(fim?)


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