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"quem quiser ganhar o ar o quanto antes
está livre para ser aquilo que nunca foi nas entrelinhas.
aqui estão as novas máscaras feitas de nuvem."
João Pedro Wapler
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nos momentos de pressa
as palavras fogem.
os olhos se abertos
vão virando água
se fechados
vão virando confusão
boletos
da alma
a pagar
com as contas
do tempo
infinito
ser ou não ser
eis o que sonho
ritmo do poema:
a palavra dança
eu canto
tu espia
eles
poesia
há uma lenda que
há muito tempo
atrás
um poema se manifestou
na rua
com cartazes e tudo
(e caiu no branco papel
do não-ser franco)
eu sou o império dos sentidos
dos reinos perdidos
dos absolutos
se tentarem me invadir
eu peço licença
e saio
da dança
(pausa)
i see monsters
eu tive um ciclo monstrual
tudo virava monstros
era susto pra toda vida
um dia acordei
com um monstro do lado
ele me disse que não me deixaria
e não me acabaria
então aprendi a viver com monstros
mesmo que eles não me deixem em paz
eu calo os monstros
mesmo os que vivem dentro de mim
(os de fora são mais fáceis: eles cantam)
eu vejo monstros internos
com soluções
eu vejo monstros externos
com demolições
"O que não mata infecta."
Dija Darkdija
(fim?)
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quinquagésimo quinto mínimo
Há 13 anos
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