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"se acaso em minhas mãos fica um pedaço de oiro
volve-se logo falso... ao longe o arremesso...
eu morro de desdém em frente dum tesoiro
morro à mingua, de excesso."
a queda - Mário de Sá Carneiro.
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poetography
escrevia pra abafar a angústia de ser humano pela metade. o poeta antes de tudo ecoa.acordava com pouca alma e dormia com o coração apagado. jogava dardos pro alto, sem alvo. nutria-se do os que desertos ainda retinham de água. procurava oásis pra vencer tudo aquilo.arquitetou alguém, ainda que seja chuva provisória onde brincava de não se molhar.notava nada de novo no silêncio líquido do barco, mas era melhor passar ali que boiar em um campo distraído qualquer. passou um tempo só pensando nisso. desistiu. tinha mais água nos olhos que no mar além. preferiu as águas. mergulhou.
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quinquagésimo quinto mínimo
Há 13 anos
Um comentário:
"Tinha mais olhos nos olhos que no mar além."
De onde você tira tanta inspiração, homem? Tua alma é pura poesia. Beijos e saudades
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