quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

das precipitações...

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"...enquanto a maré recuava,
revelava-se um segredo para poucos..."

Aldo Cassiano
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urbano
urbano
urbano
demasiadamente
urbano


é estranha a chuva
nessa cidade
molhada pela graça da poluição -
não há oração
ou reza brava
que possa parar
tanta água
de afogar de provocar de arrancar
tantas mágoas
tão profundas quanto morte e
perdas e tantos buracos estranhos
nada perdoados na lama
dessa cidade tamanha
que anda sob a chuvarada
com muita falta de sorte
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