segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

das sujeiras...

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"Palavras

A coisa
água.

o que me lava e move
feito moinho
de cabeça de vento

o que me acode todo momento

me escapa
por entre os ares

todo poema é uma sina

amares as palavras e tereis uma obra de vento em polpa de línguas vivas
"
Julio Carvalho

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água rápido

sair limpando tudo porque não
tenho tempo não
pra esses desvios de mãos
esses escapes de poço
de bocas de lobo

essa sujeira toda

quero atalhos
qualquer alegria sem desvio
sem o desvario das drogas injetadas
sem o descontrole massivo
da poça estagnada

querendo mais ser um contorno
limpo
num canto de boca
abandonado
.

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