paciência zero
não tenho matéria
inteligência
para esse poema
agora
a matéria-pensa
- mente
luta com
a matéria-bruta
- corpo
para fazer de cada
artéria
matéria
para um novo
esquema
histérico
gritado
forçado
físico
uma briga feia
uma luta bruta
feroz
de fato
eu
árduo
dentro
do poeta
não há trégua
eu
ardo
não há regra
não há régua
que se meça
tamanha
brigaria
eu
paro
.
.
5 comentários:
Há tempos você está assim, de pá virada com o mundo, brigando com deus-e-o-mundo. Tá precisando de um sossega leão daqueles, hein?
Abração
a pá não tá virada
o que tá re
virado
é o coração
Júlio, até na resposta ao Pete eu ouço a tua mão buscar o verso seguinte, como se deixasse na linha anterior, a palavra que parece solta, mas, que encontra-se na verdade, acompanhada de seus pares acima e abaixo...e aí vc continua, vertendo sentido, alcançando aos ouvidos, clamando enlouquecido...
E gosto muito de tudo que encontro aqui.
Abraços
Meu querido, o coração revirado está deixando você muito inspirado. Seus poemas estão belíssimos.
Um beijo virado pelo vento e enviado com intento.
Clau*
Adoro tua escrita assim revirada, de pá irada... Este aqui está D+. Nada como remexer o coração de vez em quando, né? Ah, amei também o visual...Você anda mesmo terrível!
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