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"- a vida, meu amigo, não é mais
do que um simples violão:
há cordas..."
Julio Carvalho
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tenho nada a dizer entre poucas paredes
a língua afiada contém algum tipo de risco
preciso
traçar um corte profundo até tirar o
sangue das palavras
quero abertas as cicatrizes
para algum sentido da lâmina
quero a imortalidade da faca
do lado oposto da pele
o quase outro a céu aberto
- é isso
quero o quase do abismo próximo:
o que não mora na iminência
não me interessa muito mais
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quinquagésimo quinto mínimo
Há 13 anos
Um comentário:
Uau, que forte e lindo isso! A lingua afiada e o sangue das palavras sempre na tua poesia cortada a navalha. Beijão, querido.
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