. . olha só eu adulto: eu chuto nuvens eu chuto baldes eu chuto as inundações depois das chuvas e as correntezas irritantes sempre que tudo fica muito igual as coisas causam se não causam nada nenhuma intenção besta basta o que me resta eu invento o que presta eu pego logo antes que seja surja outra nuvem suja e eu chuto tudo de novo .
momentos de crises qualquer crise um calor macio em volta de seus ombros e sua alma uma vontade de nem alcançar as coisas atiradas pro alto deixar escorrer pelo poro macio tudo que já não abastece os saltos poéticos ornamentais emocionais entre outras coisas tais que não se fazem mais e que acariciam e aquecenganam os recursos últimos íntimos dos seres humanos: drugs & sex & strange vibes
mãos ao alto e acesas e as coisas postas em oração como reza brava de abrir o chão e fazer chover até canivete e matar cachorrada a grito alimentar a alma com a fé dos outros ali manter a calma sem gritar tão alto é impossível julgar ascetas, os penitentes, os místicos jogar com os pulsos dos outros é cortar consciências é correr contra suas próprias penitências pelo meio pela metade pela glória de nossos senhores amém