quinta-feira, 18 de abril de 2013

das matrizes...


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"carreguei chaves
como amuletos
de portas futuras"
Julio Carvalho
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o museu da inocência 






















matriz

a poesia que eu escrevo
vem de pequenas
mínimas
quase imperceptíveis coisas
coisas que ninguém percebe
a minha poesia vem das coisas
que esqueci de perceber
quando se passaram comigo
a minha poesia é 
aquilo que eu
esqueci
e coisas que
nem sequer 
percebo mais
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parque de inversões


queria namorar alguém que me namorasse de volta

algo
dão
algo
deus
se


algo tão doce
difícil
.
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água tônica 

se o tempo passa quem é que lava?
quem é que seca
mágoa?

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